FOTO: EPA/CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH

NASA lança missão para explorar lua de Júpiter em busca de sinais de vida extraterrestre

Nesta segunda-feira (14), a NASA deu início a uma missão histórica com o lançamento da sonda não tripulada Clipper, que tem como objetivo explorar Europa, uma das luas de Júpiter, considerada uma das maiores candidatas para abrigar vida no Sistema Solar. O lançamento ocorreu às 12h06, hora local, em Cabo Canaveral, Flórida, após ser adiado devido à passagem do furacão Milton.

A Clipper enfrentará uma jornada de 2,9 bilhões de quilômetros ao longo de 5,5 anos, devendo chegar à órbita de Júpiter em abril de 2030. A partir de então, a sonda realizará uma série de 49 sobrevoos para estudar Europa, coletando dados que ajudarão a confirmar ou refutar a hipótese da existência de oceanos subterrâneos sob sua superfície gelada.

Europa, com suas características geológicas únicas, tem despertado o interesse da comunidade científica devido à possibilidade de abrigar um oceano de água líquida, mantido sob a superfície por uma camada de gelo. O telescópio espacial Hubble já detectou possíveis plumas de vapor d’água emergindo da lua, um indício de atividade geológica que poderia sustentar um ambiente propício para a vida.

A missão da Clipper será essencial para investigar as condições de habitabilidade em Europa. A sonda terá instrumentos para mapear a superfície, analisar variações térmicas e detectar a composição química da lua, buscando indícios de mares subterrâneos e possíveis sinais de atividade biológica. “O que aprendermos com essa missão será um marco para futuras missões a outros lugares do Sistema Solar”, afirmou Gina DiBraccio, diretora da NASA.

Foto: Ilustração da sonda Europa Clipper a explorar Europa, uma das luas de Júpiter NASA/JPL-Caltech

O custo da missão, de aproximadamente US$ 5 bilhões, é resultado de mais de uma década de trabalho e desenvolvimento. A nave Clipper, do tamanho de uma quadra de basquete, é a maior já construída pela NASA para uma missão planetária.

Laurie Leshin, diretora do Laboratório de Propulsão da NASA, destacou o caráter ambicioso da missão e seu significado para a exploração espacial. “Mesmo sendo um robô, é um esforço profundamente humano buscar entender nossas origens e investigar a possibilidade de outras formas de vida no universo”, disse Leshin.

A missão contou com a participação da SpaceX, que forneceu o foguete para o lançamento da Clipper. No domingo (13), a empresa alcançou outro feito inédito ao fazer o propulsor de um de seus foguetes retornar à plataforma de lançamento, em uma manobra que marcou a história da exploração espacial.

Com a missão Clipper, a NASA continua a expandir os limites do conhecimento humano sobre a habitabilidade de outros mundos e o potencial de vida além da Terra.

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